domingo, 8 de fevereiro de 2009

Para ti RAINHA DO NADA...

Os sonhos formosos de Principes e Fadas
que convidavam a um voo nos coloridos ares
e flores perfumadas,
se acabaram num repente e se fez a noite.
Pensava que as gentes eram boas,
que não existiam mentiras, que ali era seguro
e estando onde estava nunca se passaria nada.
Mas a noite tornou-se mais densa, as mentiras verdades
e a gente um engano.
Chegaram confusões e o que era felicidades
e perdeu no vazios alagados de pranto.
Os Principes e as fadas já não foram nos sonhos,
Enojados foram-se em busca da inocência
donde se haviam escapado
e não voltaram mais.
Que dor de saudade se abateu sobre o Espirito!
Que injustiça aquele juizo de quem mentiu demais!
Mas, nos dias mais tarde chegava o crescimento
e com ele despertava uma nova consciência.
E se falou dos sonhos perdidos e do pranto,
da injustiça e da vergonha, daquelas noites densas...
Se falou por fim de medos, se expuseram enganos
e desde muito profundo,
no fundo do poço de misérias apodrecidas,
as lágrimas fizeram com que crescecem as asas
que tinham sido cortadas
e sorteando baixesas, pestilentos fracassos...
se levantou em um voo sempre olhando o alto,
procurando aquela luz que lhe dava no rosto.
Quem ía detê-la?
Quem poderia calar os seus gritos de denúncia?
Ninguém tem coragem de julgar o valente
quando foi cobarde.
Ninguém fala de amor quando não aprendeu
a assumir com consciência.
Ninguém se nega ao facto de que hoje há mais vida
naquela pequena menina só, abandonada e triste...
Que se negou á morte!
E tudo isto fez de ti RAINHA DO NADA.

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