terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Para...

Para alcançar o que sonhaste
levantaste torres,
construiste muros,
enterraste ferros,
arrancaste flora,
cobriste riachos,
recuaste mares,
quebraste pedras...
envenenaste fauna,
compraste consciencias,
enganaste almas,
mataste tua esposa calando a sua voz.
Subtil,
a mentira de te fazeres maior te fez
mesquinho,
rasteiro,
cobarde.
Quando o desaforo de quereres tudo
sem mereceres nada,
não houveram palpitações debaixo das tuas mãos,
acreditavas vencidas as primeiras metas
e inventaste outras e então...
Te pensaste um deus!
Foi quando de frente a essa incontrolável
força universal que substimaste,
néscio, continuaste com a vil intenção
de agarrar os ventos com os teus braços,
surgio do centro da mesma terra
o feroz rugido de fogo estendido
decidido então a purificala
e das profundidades do mar conquistado
levantaram-se ondas para te recordar
que o fim do mundo
não tinhas chegado.
Procuraste,
inventaste,
acreditaste criar,
roubaste,
comparaste...
e deste voltas constantes e eterna
sao cerco constante que te escraviza.
Não descubriste o principiodas tuas razões,
nem deste espaço á intenção justa
de te oferecer tempo.
Submeteste toda a tua vida
ao engano inútil da vil conquista,
sem tomar em conta que entre as razões
que sempre procuraste
para te impôres á própria justiça,
não te existe nem em sonhos
a ideia da mudança á mais importante:
Deixares o mote de CONQUISTADOR,
pelo verdadeiro, que é...
CONQUISTADO!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Amanhã...

Amanhã,
Quando medires consequências
E encontres as culpas escondidas;
Entenderás as guerras ignoradas,
Esclarecidas de vez na tua vida.
Amanhã,
Quando mudares as perspectivas,
Quando o pior tiver passado;
Encontrarás os sonhos destruídos,
E chorarás querendo reconstrui-los.
Amanhã,
Quando olhares as folhas do diário
Verás que há algumas que não escreveste;
Encontrarás respostas ás dores
E sentirás o profundo dano que fizeste.
Amanhã,
Quando vejas os sulcos no teu rosto
Recordações do que deixou o passado;
Encontrarás a terra, seca pelo descuido,
Queixosa e ressentida porque nunca a semeaste.
Amanhã,
Quando tentares moldar a tua arrogância
E notes que a argila se tornou pedra;
Encontrarás as tuas mãos tão cheias de vazios,
Te negarão a vida por não a ter honrado.
Amanhã,
Assumindo talvez a história,
Da morte terrível que tu próprio escreveste;
Chegarás a meu lado cabisbaixo e dorido,
De nada arrependido
E como sempre,
Inconsciente!