terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Amanhã...

Amanhã,
Quando medires consequências
E encontres as culpas escondidas;
Entenderás as guerras ignoradas,
Esclarecidas de vez na tua vida.
Amanhã,
Quando mudares as perspectivas,
Quando o pior tiver passado;
Encontrarás os sonhos destruídos,
E chorarás querendo reconstrui-los.
Amanhã,
Quando olhares as folhas do diário
Verás que há algumas que não escreveste;
Encontrarás respostas ás dores
E sentirás o profundo dano que fizeste.
Amanhã,
Quando vejas os sulcos no teu rosto
Recordações do que deixou o passado;
Encontrarás a terra, seca pelo descuido,
Queixosa e ressentida porque nunca a semeaste.
Amanhã,
Quando tentares moldar a tua arrogância
E notes que a argila se tornou pedra;
Encontrarás as tuas mãos tão cheias de vazios,
Te negarão a vida por não a ter honrado.
Amanhã,
Assumindo talvez a história,
Da morte terrível que tu próprio escreveste;
Chegarás a meu lado cabisbaixo e dorido,
De nada arrependido
E como sempre,
Inconsciente!

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