terça-feira, 27 de março de 2007

Tua Filha...


Tua filha teu poema
Alma da tua verdade,
Tua inspiração suprema
Tua doce felicidade.
Teu pedacinho de vida

Com alma cor de céu,
Tua roseira florida
Prémio que a vida te deu.
Tua filha tua flor

Mundo para ti inventado,
Gerada pelo calor
D'um amor alimentado.
Ela é a força suprema

Que o teu coração invade,
Tua filha teu poema
Alma da tua verdade.
###
Ao meu amigo mais doce, com todo o carinho do meu coração:
Que o Deus da vida e do Amor te ofereça todas as benções do mundo.
E Sê feliz, aproveita cada pedacinho, agora enquanto ela é tua.
Nunca te distraias pois o tempo passa rápido.
Beijo no teu coração de ouro.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Diabos ou Anjos


Homens...
Quem pode, então, entendê-los?
Frágeis criaturas viris
Me levam a morte...
Diabos ou anjos...
Malandros
Para tê-los é preciso sorte...
Descansar em seus braços é padecer
ao trilhar seus caminhos me sinto falecer,
desfaleço nos seus trilhos...
Homens...
Passam por cima das minhas emoções
Doentes...
Tão loucos pela dor
Maldições...
Enloquentes seres que me são como ar
desejos ardentes deixam-me só, me fazem calar...
Viro pó...
Sinto hoje aquela rejeição castigo de quem ama demais...
Canhão de martírios
Malefícios do amor...
Ambição pela paz
Não a tem...
Amam demais
Rancores retêm deixam-me só...
Quem pode, então entendê-los?
Frágeis criaturas viris
deixam minha felicidade por um triz
fui eu quem quis assim...
Exigem dedicação e paixão mas acham sempre poucos
Indiferença e insegurança neles são constantes
Fazem o amor amanhecer morto...
Viramos apenas corpo
Que sofre igual...
Chora, treme, recua e...
Esquece de amar...
Amor e felicidade
Sentimentos que teima em viver afastados
Homens que sofrem calados...
Sem perdão, compaixão e ternura
Só medo, desprezo e doença sem cura
Fazem-me temer a vida...
Maldita...
Em que palavras não são ouvidas
verdades lindas que não são ditas
Crueldade...
Não nasci para amar
Mas o destino é mesmo assim...
Certo dia enviou-me um anjo
Anjo este que insiste em ser diabo
E o que dói é saber que é por vontade de assim ser...
O amor é um coitado...
Não merece viver...
Por isso os homens matam o amor,
as mulheres os homens matam...
Vivos e mortos não reatam...
Calafrios da maldição
Brigas, mortes, coração...
Coração que sem ele não bate
Corpo que sem alma não reage...
Anjo concedido pra me dar "sorte"?
Vou ama-lo pra sempre...
Minha vida sem ele merece a morte...
Não espero rimar sempre
pra não correr o risco de falarem por aí que escrevo poesia.
Nem sei o que são versos
e ao inverso do que pensam, sei que viver é uma bênção.
espero a chuva pra poder chorar
pra ninguém ver
mas tudo que espero assim é não sofrer...
sobreviver.

terça-feira, 13 de março de 2007

Quero...


Hoje não quero ser
a mulher forte, de atitude
a leoa ,sedutora
a que luta, defende,
conquista,
consola, abriga...
Hoje eu quero deixar que
a mulher sensível, delicada,
romântica, frágil...
seja vista e sentida!
Quero um carinho, um abraço,
um colo...
Quero braços que me
envolvam
protejam, abriguem.
Quero um corpo onde possa
me aconchegar;
um ombro para poder chorar,
uma mão que acaricie
meus cabelos,
olhos que vejam as lágrimas
rolarem no meu rosto
quando falo dos meus
temores, medos ...
uma boca que me diga palavras
de animo e esperança
e que me beijem com
amor e tesão!
Quero olhos que vejam minha
fragilidade,
que me admirem por ser delicada
e que não desejem que eu
tenha que ser forte
o tempo todo!
Quero ser admirada, notada,
e quero que me queiram
por também ter um lado frágil.
Quero que me admirem por ser
mulher na total essência,
não só o lado leoa, mas
o lado beija-flor e também flor!
O lado que necessita do outro
que também precisa receber!
Quero hoje a fragilidade de ser
Mulher !!!

domingo, 11 de março de 2007

Adeus!?...YSL


Com que então, Adeus. Não esqueceste nada?
Bem, anda... Podemos despedirmos-nos.
Já não temos nada a dizer?
Deixo-te então ir...
Ainda não,
espera,
espera um bocadinho que pare de chover...
espera um pouco.
E sobretudo vai bem abrigado,
pois já sabes o frio que faz ali fora.
Um abrigo de inverno era o que devias levar...
Será que já te devolvi tudo?
Não terei nada teu?
Levaste teus beijos, teus abraços?
Bem... olha-me agora amigo meu;
pois que enfim se vai um despedir.
Vá! Não é preciso te afligires;
Vamos! não há que chorar, que loucura!
E que esforço tão grande necessitam fazer as nossas cabeças,
para poder imaginar e vermos outra vez os apaixonados, aqueles!...
tão rendidos e tão ternos,
nós éramos assim antes!
Tínhamos as vidas entregado para sempre um ao outro, eternamente,
E tu vais deixar-me e eu vou deixar-te, e pronto vamos-nos!
cada um com seu nome, por seu lado...
Recomeçar... Vaguear... viver noutra parte...
Supostamente, no inicio sofreremos
mas depois virá piedoso esquecimento,
único amigo fiel que nos perdoa;
E haverá uma outra vez que eu e tu voltaremos a ser como já fomos,
entre todas as outras, duas pessoas.
E hei-de ver-te na rua de longe,
sem atravessar, para falar-te, do outro lado,
e nos afastamos distraídos
e passarás ligeiro com roupas para mim desconhecidas.
Estaremos sem nos vermos largos meses,
e esquecerei o sabor das tuas caricias,
e meus amigos te darão notícias: de"aquela amiga tua".
Perguntarei por aquele que foi a minha estrela e ao referir-me a ti,
que eras a minha vida, a ti, que eras a minha força e minha doçura direi:
Como vai aquele?
Nosso grande coração... que pequeno é!
Nossos muitos propósitos, que poucos!;
E sem dúvida, estavam tão loucos no principio, naquele inverno,
Recordas-te? A apoteose! O encanto!
Queriamos-nos tanto!
E isto era aquele mesmo querer?
Quem o acredita?
De maneira que nós - ainda nós -,
quando de amor falamos somos como os outros?
Este o valor que damos á frase de amor que nos comove.
Que desgraça, Deus meu que sejamos o mesmo que são todos!
Como chove!
Tu não podes sair assim chovendo.
Vamos!,
fica quieto, olha, to rogo, já trataremos de nos entender.
Faremos novos planos, e ainda que o coração tenha mudado,
quem sabe reviverá o carinho passado, o encanto dos velhos tempos.
Faremos o possível;
se portará um bem, tu serás bom,
e logo... é incrível!, tens um dos teus costumes,
a cadeia chega ás vezes a ser necessidade.
senta-te aqui, bem meu...
Recordarás junto de mim tua dor,
e eu perto de ti a minha saudade.

terça-feira, 6 de março de 2007

Última carta...

"Há coisas que devem ser faladas, questões que já coloquei várias vezes e das quais nunca obtive resposta, acordo e penso vai ser hoje, vou falar, vou telefonar.
Mas acabo por não ser capaz, ao olhar-te, ver o teu sorriso, ouvir a tua voz, acabo por ficar tontinha e nervosa sem coragem de estragar aquilo que para mim é um momento mágico, minha vida fica colorida e tudo é perfeito.
Já escrevi milhentas mensagens, para te enviar e acabo sempre por desistir, nem sei se esta também, não vai ser escrita em vão.
Tu ensinas-te a voltar a sonhar, lembro-me a última vez que nos encontramos ainda no sonho, abraçaste-me e disseste uma coisa que era eu quem costumava dizer,”Hummmm que saudades, adoro-te” isso aconteceu nos primeiros dias de Fevereiro, fiquei feliz e surpresa. Estava até aí convencida que a tua demonstração de sentimentos eram aquelas pequenas surpresas que me fazias, as pequenas atitudes que mantém qualquer sonho vivo e ouvindo o que ouvi, fizeste-me a maior surpresa de todas, mas depois dessas palavras, que soaram como música aos meus ouvidos e bateram forte em meu coração tudo mudou, as pequenas mensagens que me deixavam de coração acelerado que me faziam subir às nuvens, deixaram de chegar, os teus olhos já não sorriam com a mesma intensidade, o teu sorriso deixou de ter a mesma luz, perguntei várias vezes (as poucas que depois disso consegui te olhar) o que se passava, se estavas bem, mas as tuas respostas evasivas nunca foram esclarecedoras, daí estar a escrever.
Estou seriamente preocupada, será que te arrependeste? Será que já não queres e não sabes como dizer? Será que eu ter feito de conta que estava tudo bem te levou a este tipo de postura? Será que exagerei no excesso de zelo, de não querer te preocupar com perguntas que poderiam ser tontas? Será que te sentiste pouco amado por eu aceitar todos os teus termos e não querer discuti-los? Ou será que te assustaste com a intensidade dos meus sentimentos e entrega? Eu queria muito ser o teu amigo de copos, que para além do que sentia fosse a tua confidente e melhor amiga, mas tenho a sensação que falhei, também nunca tinha vivido uma situação assim, afinal temos alguém mais importante para além de nós.
Não quero sentir que possa estar a forçar situações, daí eu deixar correr e não te escrever, ou evitar ligar e esperar que sejas tu a dizer quando podes estar comigo.
Não seria mais fácil abrir comigo dizeres o que sentes em vez de contares o que fazes?
Não seria uma forma de eu me sentir melhor? Com certeza que sim, acabei por perder um pouco a facilidade de contacto contigo (o medo de perder o sonho é maior que as minhas forças) mas sei que é um erro e estou sim arrependida de eu ser assim.
Só se sente o que se sabe falar. E eu acho que não soube falar, pois tudo isto é uma situação nova para mim. Mas eu gosto, gosto de ti, tenho por ti uma doidice, falo, falo (na tua presença) nem sei o quê, mas gosto, gosto de ti.
Estarei a ser demasiado chata? Estarei a pedir o que não devo? Estarei a ser excessiva de novo? Este medo de te cansar não me larga um minuto. Este tormento de querer está a ser demasiado pesado. Sinto-me mais só que nunca. Antes era uma solidão resignada, agora é dolorosa."

Esta carta foi escrita faz hoje 10 meses, nunca tive coragem de a enviar mas hoje olhando-a e achando-a tão actual decidi colocá-la como encerramento de um ciclo da minha vida, todas as dúvidas continuam por esclarecer, todos os meus sentimentos continuam iguais e talvez mais fortes, esta paixão consumiu tudo em mim, por isso chegou a hora de virar a página, mesmo porque hoje mais madura sentimentalmente, aprendi que o que não nos faz bem, também não tem obrigatoriamente que nos fazer mal, as coisas, os acontecimentos e os factos da vida só têm a importância que lhes queremos dar, e eu aqui, agora e já, abandono o meu caso, a luta acabou, as forças esgotaram-se nada mais tenho que mendigar.
Obrigado por me teres ensinado a sonhar, obrigado por me teres ensinado a despertar.
Nunca te perdoarei a traição, a falsidade, a mentira e muito menos as lágrimas que chorei por ti.
Teria sido tão fácil ser honesto e verdadeiro.

A noite...


A noite chegou
E com ela a escuridão
E o brilho das estrelas.
Surge, então a saudade
Saudade do teu toque,
Do teu olhar intrigante...
E mais uma vez “alimento”
Inconscientemente estes
...Afectos tolos... Inabaláveis...
As noites passam sem te ter aqui
No entanto sinto-te, encontro-te...
E mesmo assim,
É como se só as noites passassem...
Grito o teu nome em silêncio...
Consegues ouvir-me?!