segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pobres ignorantes...

Surgir dos sonhos e enfrentar

a uma realidade inesperada,

é o que fazemos por costume;

Parte do jogo para sobreviver

que é uma luta e por força

se fez cotídiana.

E como levitando,

Movemos-nos ignorando os caminhos

que esperavam ansiosos os nossos passos.

deixámos para trás o mais valioso

e agora fazemos sombra

no trecho de caminho que enfrentamos.

Alguma vez pretendendo ser

os únicos donos e criadores,

o aroma a bom vinho, e as folhas de louro

fizeram a cama perfeita de estupidez memorizada

e bêbados, dormimos um sono enganado

que nos converte em vis perdedores,

finalmente senhores donos do nada.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Não é verdade...

É mentira que se acabam as palavras...
Que não acudam em auxilio não é possível;
quando surge do interior mostrar a alma,
não há maneira de expor-se senão falando.
Não se acabam as palavras, nem os sonhos,
e não há verdade alguma que se esconda
possibilidade de iluminar-se,
ainda que se oculte cruel debaixo das sombras.
Nem sequer um sussurro incompreensível
pode ser ignorado por descuido,
porque sua permanência segue estando
como zumbido néscio nos ouvidos.
É mentira que se acabem as palavras...
Há tanto que dizer, que mais bem faltam,
quando o coração as necessita,
as teremos de inventar se for necessário...
Libertá-las, fazer delas instrumento,
e dar-lhes o seu valor bem merecido.