quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Não é verdade...

É mentira que se acabam as palavras...
Que não acudam em auxilio não é possível;
quando surge do interior mostrar a alma,
não há maneira de expor-se senão falando.
Não se acabam as palavras, nem os sonhos,
e não há verdade alguma que se esconda
possibilidade de iluminar-se,
ainda que se oculte cruel debaixo das sombras.
Nem sequer um sussurro incompreensível
pode ser ignorado por descuido,
porque sua permanência segue estando
como zumbido néscio nos ouvidos.
É mentira que se acabem as palavras...
Há tanto que dizer, que mais bem faltam,
quando o coração as necessita,
as teremos de inventar se for necessário...
Libertá-las, fazer delas instrumento,
e dar-lhes o seu valor bem merecido.

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