domingo, 8 de fevereiro de 2009

É como...

É como no jogo do nunca acabar,
cada vez que posso tiro os meus tédios,
desfaço os medos que a inércia provocam,
desfaço os panos que cobrem os ódios
e lavo os meus olhos de meias verdades para começar...
Me adorno os lábios de pétalas secas,
perfumo com erva molhada os meus cabelos,
envolvo os ombros em pó de estrelas,
unto na pele a lua do desterro
e encho com terra, da alma os buracos.
Cada vez que posso respiro profundamente,
revitalizo-me com aromas doces que convidam ao sonho,
tomo o alimento das flores secas e dos ninhos rotos,
tento moverme em rápido voo com todo o empenho
e me saem asas de cada espacinho que abraçam o mundo.
E como num jogo que nunca acabou,
me convido á festa das inventadas fadas,
submerjo as mãos em água de estanque,
com sumo cuidado resguardo as minhas asas...
Celebro a vida cada vez que posso!

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