sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Que difícil...


Escuto esta triste melodia.
Um par de lágrimas caem sobre o meu regaço,
onde mantive a tua foto apertada entre minhas mãos,
como se evadir-se fosse a vontade de sua imagem
e aparecer uma simples folha branca de papel
onde uma pluma insiste em derramar tristes histórias.
As cortinas da minha janela ondulam, com uma sinuosidade simples
se abrem e manifesta-se o dia chegando ao seu fim.
Baixo o meu olhar, pois o brilho do sol
escondendo-se por detrás das montanhas fere os meu olhos.
Enquanto isso olho, meus pés se escondem na penumbra.
Vejo a rosa vermelha pintada no chão,
a deixas-te cair antes da tua partida.
Uma rosa que em teus lábios secou...murchou.
Se desfez de suas pétalas,
que a marcaram para sempre com uma amargura constante.
Resgatei-a dessa escuridão,
aprisionei-a contra ao meu peito,
e um pico nele se cravou.
Clara e frágil caía uma gota,
revestida de vermelho intenso e cálido.
Deslizou com suavidade por mim,
como imaginando tua pele percorrendo a minha.
Mas a recordação da tua traição quer dominar-me outra vez.
Só me resta repousar em meus pensamentos profundos,
descansar neles, é aí onde tu estás...
Que difícil é esquecer-te.

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