quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Desespero...

Com o rosto deformado,
pelo pranto, perdido,
tentando encontrar-se
com as mãos fechadas
apertadas ao peito
tremendo á caída...
tremendo como folha
de algum recente outono.

Olhos desorbitados
com instinto de medo.
Ruído ensurdecedor
e calor asfixiante
em ambientes carregados;
apagados,
hirtos...nos rostos, estranho!

Os lábios entreabertos
movendo-se nervosos
tentando aspirar
ares contaminados,
como asas de pomba
que se abrem ao voo
buscando libertar-se
em espaços fechados.

Amarrado de forma
que anula o movimento,
obrigado a ficar-se
quando se deseja partir.
Á chegado em mau tempos
em direito sequer
a pensar com sonhar...
...que poderia dizer.

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