segunda-feira, 18 de junho de 2007

Renovar...

Renovar
depois do cansaço,
as figuras ornamentais na palavra
é descolar do pico do minguante
de uma lua de queijo,
a um touro que engrandecido é banhado de prata
e que num lago terra-fogo
lava por demais, os cornos
que meti nas longitudes onde
o diabo tem um ninho abandonado.
Não ficam premícias
onde os cães lambem
ossos de amantes sós
e os beijos retidos permitem
que se sequem os lábios com sabor a areia.
A ousadia se perde pelo que não foi
e retém a espera
num limite imenso
quando se juntam as montanhas e céu.
Mais para lá das paredes transparentes
não há sortilégios
que enamorem ou prevejam
a caída
no precipício-tempo
devorado por ausências
tão claras
que encurtam as distancias
a, onde se tenha que chegar para tentar
perpetuar o parecer.

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