terça-feira, 19 de junho de 2007

Não há-de ser...

Não há-de ser uma pena,
uma ferida,
um descuido,
o que fixe a hora,
o momento preciso,
maneira e duração
da entrada ao lugar donde tudo é nada
e nossa humanidade se torna insuportável...
Não fará falta a urgência,
desejo de transitar,
apertar o passo ao fazer menos ruído,
se nada há-de evitar enfrentarmos a direito,
temendo a chegada que antes nos recusamos
de poder controlar.
Não fará falta ter asas de borboleta
para sentir queimar chegando perto do fogo,
nem existirá loucura que algo justifique;
alargar junto ao tempo a agonia ganhada
é faltar com descaramento ás regras do jogo
e ainda que não o aceitamos...
ou o medo cresça...
...é deixarmos-nos ganhar!

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