quarta-feira, 6 de junho de 2007

Mais...

As melodias perdidas
numa aurora descolorada
tornam tudo mais frio,
mais gelado,
mais húmido
mais.
Não terá de existir beleza
nessas palavras-sonho
que adornam e recobrem
este meio espaço-ar
cada vez mais apertado,
mais doloroso, mais só...
as vozes se deformam;
o eco de gritos histéricos,
chega fundo até ali,
onde a alma se refugia.
Tentar deixar o medo
parece ser impossível;
Apagar o tempo as horas
quanto mais nele se escondem.
E se faz mais pequeno,
mais impotente, mais nada
mais...
esse som de notas
que não conseguem fundir-se
em harmonia absoluta
e se perde mais tempo,
espaço, ar, sonho...
na alma há mais frio,
mais névoas, humidade...
mais.

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