terça-feira, 31 de julho de 2007

Amanheceu...


Amanheceu e estava

repetindo sonhos,

doendo-me inevitavelmente,

chorando mortos de nada.

Entretanto de frente,

em ruidosas caravanas

desfilam alegres,

celebrando que morra,

bailando o que não quero

e cantando... cantando!

A sua mísera canção

me chamam, me convidam,

me tentam, me convidando...

calada, os observo

revivendo os anos,

assumindo o amor

como engano,

chorando os mortos de ninguém.

Amanheceu e ali continuo...

escutando de outros os cantos.

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